Sobre o Instituto Água e Saneamento

Somos uma organização civil sem fins lucrativos com a missão de somar esforços para garantir a universalização do saneamento no Brasil, especialmente para ampliação do acesso ao esgotamento sanitário.

Através de pesquisa, mobilização e articulação de diferentes atores sociais, de governo e do setor privado, o IAS trabalha para posicionar o debate sobre saneamento básico no centro das discussões sobre direitos humanos, emergência climática, redução das desigualdades e prestação de serviços ambientais para a sociedade.

Para tanto, o IAS busca manter-se uma organização dinâmica e regenerativa, que evolui e cresce de forma orgânica. Nossas ações partem de 3 estratégias transversais:

  • Impulsionar o saneamento a partir do território por meio de articulação e trabalho em rede
  • Organizar, produzir, disseminar e ampliar o acesso ao conhecimento sobre saneamento
  • Promover o debate em torno de agendas positivas, diálogo e contribuição na construção de soluções para todas as dimensões do saneamento

As dimensões do Saneamento Básico nas quais o IAS atua são Direito Humano, Política Pública, Gestão dos Serviços Públicos e Soluções Adaptadas ao Local

O tamanho do problema

Em pleno século XXI, milhões de brasileiras e brasileiros seguem sem acesso ao saneamento básico.

Entender o tamanho do problema, a complexidade de gestão e a escala de serviços é fundamental para consolidar um novo imaginário sobre saneamento no país.

Para facilitar o acesso e melhorar a qualidade da informação existente, o IAS coleta, organiza e sistematiza centenas de dados sobre água e esgoto no Brasil, de diferentes fontes. Essas bases de dados, análises, referências, documentos e leis são disponibilizadas em nosso site com o objetivo de subsidiar o trabalho de técnicos, formuladores de políticas públicas, imprensa e entidades da sociedade civil que atuam com saneamento ou outros temas que se relacionam ao saneamento.

Segurança hídrica de baixo para cima

O município é o ente federativo capaz de integrar políticas públicas em saneamento, saúde, meio ambiente e defesa civil. Por isso, é fundamental ampliar a capacidade municipal de formular convênios e arranjos institucionais, garantir clareza jurídica e facilitar o controle social para aumentar a segurança hídrica e a resiliência de cidades e comunidades de baixo para cima.

Ao pesquisar inovação na gestão pública e dados sobre saneamento, o IAS está compilando um repertório de soluções existentes para impulsionar acesso à segurança hídrica em locais vulneráveis como periferias urbanas, pequenos municípios e comunidades rurais.

De olho no papel das prefeituras, o IAS articula atores da sociedade civil, lideranças políticas, técnicos, empresas e governos, com o objetivo de compilar e difundir essa agenda positiva.

 

Os direitos humanos à água e ao esgotamento sanitário

Em 2010, a Assembleia Geral da ONU aprovou o direito humano à água e ao esgotamento sanitário, com o Brasil entre os signatários da resolução.

Cinco anos depois, a ONU aprovou outra resolução reconhecendo o direito humano ao esgotamento sanitário como um “direito distinto, embora integrado” ao acesso à água. A partir daí, passa-se a falar em "Direitos Humanos à Água e ao Saneamento” - no plural -, e a luta pelo acesso ao esgotamento sanitário ganha importante reforço jurídico e institucional.

A forma como se lida com o esgoto possui relação estreita com aspectos culturais e territoriais. As soluções para esgotamento podem e devem incorporar as alternativas locais, comunitárias, de manejo integrado da água e economia circular. Por tudo isso, o IAS defende que os serviços de saneamento não podem ser encarados como apenas um negócio, mas pensados para responder às necessidades específicas de cada comunidade e município, sempre respeitando a diversidade humana e ambiental.

Nesse contexto, o investimento social privado (ISP) deve considerar tanto a complexidade institucional quanto a escala do problema. Por isso, o IAS se dedica a ajudar a desatar nós e encaminhar questões, tendo como meta central contribuir para políticas concretas que representem ganho de escala na prestação dos serviços de esgoto, garantindo que cada vez mais gente tenha acesso a esse direito fundamental. Outro ponto da ação como investimento social privado é desenvolver relações de troca e influência junto às diferentes estruturas e níveis de governo responsáveis pela prestação dos serviços públicos relacionados à agenda da segurança hídrica.

 

Emergência climática

À medida que eventos climáticos extremos como secas e enchentes materializam as previsões científicas sobre o aumento da temperatura média do planeta, o saneamento se consolida como premissa urgente para garantir a segurança hídrica da população.

Não há justiça climática sem acesso à água, tratamento de esgoto, drenagem e gestão de resíduos sólidos. Políticas públicas integradas e circulares de saneamento contribuem, ao mesmo tempo, para mitigar impactos da poluição e adaptar cidades e comunidades aos eventos climáticos extremos previstos pela comunidade científica mundial.