Especialista do IAS destaca papel da sociedade na promoção do acesso à água e saneamento

Declaração foi dada à revista Sanear, publicação da Aesbe, em matéria que relacionou saneamento e o direito à cidade

Publicado em 21 ago 2024

Escrito por Equipe IAS

Tags:

Captura de Tela 2024-08-16 às 11.55.44

“É crucial entender que o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário deve ser adequado, estável e seguro, sem discriminações territoriais. A água transportada deve ser segura, e o tratamento de esgoto deve ser eficaz e acessível a todos, garantindo a acessibilidade econômica”, afirmou Paula Pollini, analista sênior de políticas públicas do Instituto Água e Saneamento (IAS).

A declaração foi dada em entrevista ao número 47 da revista Sanear, publicação da Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento), para a matéria de capa intitulada “Direito ao Saneamento e à Cidade significa a prestação de um serviço ambiental amplo e para toda a sociedade”.

O texto, assinado por Sofia Jucon, abordou a necessidade de urbanizar e investir em territórios com deficiências de água e saneamento como caminho para se corrigir as disparidades sociais no Brasil e promover um desenvolvimento sustentável mais equitativo para todos os cidadãos.

“Na maioria das cidades brasileiras temos os efeitos dessa falta de saneamento para muitas famílias, onde as pessoas não têm um banheiro dentro de casa, a ausência de uma caixa d’água, convivem com o racionamento constante, ou seja, um conjunto de ações que dificultam muito a vida dessas famílias, impactando sobremaneira as mulheres. Esses problemas extrapolam as fronteiras municipais, tornando-se questões regionais que afetam o sistema de saúde em níveis estaduais”, comentou Pollini.

A especialista do IAS destacou ainda o papel da sociedade civil e das organizações não governamentais na promoção do acesso ao saneamento básico e na defesa do direito à cidade. “O Instituto Água e Saneamento, do qual faço parte, busca transformar a percepção do saneamento, afastando-se da visão de um serviço simples prestado por empresas e companhias. Em vez disso, enfatizamos a importância de considerar o saneamento como um serviço ambiental essencial para a sociedade, além da abordagem puramente financeira”, declarou.

Essa atuação passa por incentivar a participação social, o empoderamento e a formação cidadã. “É crucial lutar por tarifas sociais, investimentos prioritários em áreas específicas da cidade e pela efetiva participação nos processos decisórios, como a elaboração de planos de saneamento participativos”, disse Pollini.

Acesse aqui a versão online da revista para ler a matéria completa